Astrologia Humanista ou Astrologia Holística
↳ Astrologia Humanista
Esse simples jogo de palavras revela a tentativa de colocar esse ramo numa categoria de Astrologia especial, mas sem sucesso, já que nunca houve uma Astrologia não-humanística ou não-holística.
A Ciência Astrológica, por sua própria essência e definição, sempre teve como preocupação central o Homem, o Universo, a Vida e a Natureza, totalmente interligados e interdependentes. Jamais viu a Carta Astrológica de um indivíduo, de uma Entidade ou Ocorrência como fato isolado do meio em que ocorre.
Os bons astrólogos do passado e do presente sempre tomaram por base a evolução maior ou menor de cada indivíduo quanto à vivência mais grosseira ou mais sutil das influências astrais em vigor. Sempre respeitaram o Livre-Arbítrio e olharam a Astrologia como parte do conjunto da vida e nunca como valor absoluto.
Vale aqui explicar que a chamada “astrologia humanista” ou holística ou transpessoal, surgiu por volta da década de 20, nos Estados Unidos. Inicialmente suas ideias foram formuladas pelo pastor presbiteriano e teósofo Marc Edmund Jones, que uniu os conhecimentos astrológicos vigentes em sua época e no ambiente em que ele vivia (lembremos que, naquela época, não se tinha fácil acesso aos conhecimentos que estavam disponíveis pelo mundo afora, então as pessoas tinham conhecimentos limitados aquilo que conseguiam acessar no ambiente em que viviam), com os conceitos teosóficos e espirituais em que ele acreditava, mais alguns conhecimentos que ele tinha da psicologia da época.
Posteriormente, na década de 30, o astrólogo, teósofo e artista Dane Rudhyar incorporou à esta doutrina básica, conceitos junguianos e orientais que, de início ele chamou de “astrologia humanística” e posteriormente passou a se chamar de “astrologia transpessoal”. Ou seja, mais uma vez vemos aqui o que já explicamos em outros tópicos – a pessoa acredita em determinadas ideias, sejam psicológicas, espirituais ou místicas e, com a maior boa intenção, incorpora-as ao seu trabalho de astrologia e passa então a divulgar essas ideias como se fossem verdades da astrologia; sem nenhuma pesquisa que investigue se realmente suas ideias funcionam de fato. Aí cai-se no universo da subjetividade e crenças de cada um.
É interessante notar que essas ideias foram muito populares no meio astrológico brasileiro na década de 80, quando surgiram muitos astrólogos humanistas e transpessoais ou também chamada de “astrologia psicológica”, mas atualmente já não se observa isso, pois tudo aquilo que tem falta de base sólida, com o tempo, não se sustenta.
Observamos que, as ideias da psicologia analítica junguiana são muito sérias e muitos de seus conceitos, como sincronicidade (que nada mais é que a Lei de Hermes – “Assim em cima como embaixo, assim embaixo como em cima”), arquétipos etc. se aplicam aos estudos astrológicos sérios. Mas dai ao astrólogo querer fazer um trabalho semelhante ao de aconselhamento psicológico, e pior com base em subjetividades e não em estudos consistentes, já vai uma distância que deve ser respeitada.
O trabalho de aconselhamento astrológico, difere do trabalho de um psicólogo. Podem ser complementarem na orientação das pessoas, mas são universos diferentes, com profissionais de formação diferente.
Fraternalmente,
Equipe ABA